15.12.22

María Félix


 "Sou uma mulher extremamente antissocial, 

prefiro ter a atenção 

de um único homem brilhante, 

do que de uma horda de imbecis".



13.12.22

Carla Bruni



 



 



 



 

Mia Couto


 Não inventaram ainda uma pólvora suave, maneirosa, capaz de explodir os homens sem lhes matar. Uma pólvora que, em avessos serviços, gerasse mais vida. E do homem explodido nascessem os infinitos homens que lhes estão por dentro. 


Jean de La Fontaine


 Não poucas vezes esbarramos com o nosso destino pelos caminhos que escolhemos para fugir dele.

Manoel de Barros


 A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.

Meu fado é o de não saber quase tudo.

Sobre o nada eu tenho profundidades.

Não tenho conexões com a realidade.

Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.

Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).

Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.

Fiquei emocionado.

Sou fraco para elogios.

1.12.22

Reluz



 

Lygia Fagundes Telles



 "Enriqueço na solidão: 

fico inteligente, graciosa 

e não esta feia ressentida 

que me olha do fundo do espelho. 

Ouço duzentas e noventa e nove 

vezes o mesmo disco, 

lembro poesias, dou piruetas, 

sonho, invento, 

abro todos os portões 

e quando vejo, a alegria 

está instalada em mim."

Para refletir

 

Talvez quem não te acompanhou 

tenha vindo pra te ensinar a caminhar sozinho. A missão dele era te mostrar que vale a pena se aventurar na imensidão.


Talvez quem mais te desequilibra 

tenha vindo pra te ensinar a paciência. Talvez quem te traz mais raiva tenha vindo pra te ensinar a compaixão e a empatia.


Talvez quem mentiu pra você tenha vindo pra te ensinar o perdão. 

Talvez quem tentou te controlar 

tenha vindo pra te fazer recuperar 

o seu próprio controle.


Talvez quem você acredita odiar 

tenha vindo pra te mostrar que 

o amor pode existir em sua forma 

mais incondicional.


Nada é em vão,  se não for benção, 

é lição.



 

Cristiana Lykouropoulos


 Vazo, 

extravaso

e envazo de volta as dores 

tentando extrair 

flor e  fruto 

do absoluto e bruto

que me atravessou

MIGUEL TORGA, in DIÁRIO II (1943)



Devo à paisagem as poucas 

alegrias que tive no mundo. 

Os homens só me deram tristezas. 

Ou eu nunca os entendi, ou eles nunca 

se entenderam. A terra, com os seus vestidos e as suas pregas, 

essa foi sempre generosa. 

Vivo a natureza integrado nela, 

de tal modo que chego a sentir-me, 

em certas ocasiões, pedra, orvalho, 

flor ou nevoeiro. Nenhum outro espectáculo me dá semelhante 

plenitude e cria no meu espírito 

um sentido tão acabado do perfeito 

e do eterno..."