3.6.22

Pequeno poema’ in 𝘚𝘦𝘳𝘳𝘢-𝘔ã𝘦


 


Quando eu nasci,

ficou tudo como estava.


Nem homens cortaram veias,

nem o Sol escureceu,

nem houve estrelas a mais...

Somente,

esquecida das dores,

a minha Mãe sorriu e agradeceu.


Quando eu nasci,

não houve nada de novo

senão eu.


As nuvens não se espantaram,

não enlouqueceu ninguém...


Pra que o dia fosse enorme,

bastava

toda a ternura que olhava

nos olhos de minha Mãe...


*Sebastião da Gama*

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