Não suporto o silêncio, sua ausência!
Presa estou na armadilha da vontade
e sei que, dessa dor, mais consciência
terei, ao prantear toda a saudade.
Não suporto o desprezo, o olhar vazio,
na oferta de favor, é seu prazer,
de sentimento mórbido, tão frio,
quando eu desejo só o benquerer.
Então, um ódio inteiro me desperta.
–Dane-se quem me julga e bem condena!
Sinto, no meu peito, a ferida aberta...
Se é sua a lâmina que corta e parte,
a quem importa minh'alma pequena?
–Seu coração, que também sofra!...Infarte.
Anne Mahin
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