Meu amor, meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu
punhal a escrever
nós parámos o tempo não
sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu pássaro cinzento,
a chorar lonjura,
do nosso afastamento.
Meu amor meu amor
meu nó de sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura
este céu não tem ar
nós parámos o vento não
sabemos nadar
e morremos morremos
devagar
devagar...
ARY DOS SANTOS
2 comentários:
Bom dia Sonia, bonito blog, harmônico, inspirado e "clean". Impressionante sua sensibilidade para escolher bons poemas, parabéns.
Ahhh...ainda que já se 2022, desejo bons momentos boas conquistas neste ano, viu?
Muito obrigada!
Que você tenha um ano de paz, saúde e muito amor!
Postar um comentário