29.9.21
28.9.21
27.9.21
Carlos Drummond de Andrade
As casas espiam os homensque correm atrás de mulheres.A tarde talvez fosse azul,não houvesse tantos desejos.
Jesus
25.9.21
Florbela Espanca, Desejos Vãos, in 𝘓𝘪𝘷𝘳𝘰 𝘥𝘦 𝘔á𝘨𝘰𝘢𝘴 il. Georgiana Chitac
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz imensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até a morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
24.9.21
Reflexões
Ainda me surpreendo com a nossa capacidade de estragar a própria vida.
Nossos pensamentos, sentimentos e a nossa visão distorcida da realidade pode fazer um grande estrago. E faz!
Como não há nada ruim que não possa piorar...Em certos momentos da vida,
a sensação é de que te colocaram sentado em uma cadeira, amarrado e com fitas adesivas na boca. Você não pode reagir! Ou, simplesmente não consegue.
A única coisa que pode fazer é assistir a tudo como se fosse um filme. Muitas vezes, um filme de terror.
Aí eu penso, como pode um ser humano cheio de boas intenções, com o coração tão cheio de amor, com tantos sonhos, se ferrar tanto?!
Não sei...
Mas pode! Acredite!
23.9.21
Pensando aqui...
Pense bem
Tem coisas que só você
veio aqui nessa terra fazer.
Tem pessoas a serem amadas
que só você poderia amar.
Consegue perceber o quanto você é importante nesse mundo?
⠀Ninguém é capaz de fazer o que você faz,
com a individualidade que te foi concedida desde que pisou aqui.
Tem lugares a serem visitados
que só você visitaria de modo especial.
⠀Tem pessoas a serem tocadas
que só a sua simplicidade poderia alcançar.
22.9.21
Que farei com este azul que me beija (poética Editora, 2021)
Por que insistes em traduzir o mundo?
Para que queres ser-lhe fiel
se te é infiel e hostil até à náusea?
A ruína o desencanto a perdição
alimentados sem pudor a cada dia
Para quê?
Houvesse artífice capaz de o
consertar
reinventar-lhe um corpo são,
um coração de princípios outros.
Enàs fontes,
à sua voz de água magoada,
devolver a cadência das trovas
antigas.
Houvesse como
curar os olhos dos homens
doentes de urbanismo, de alienação,
E tu que fazes, Poesia,
enrolada nesse xaile escuro, qual
noite?
Não vês como te esperam?
Há quem te saiba ave e alvorada
quem te queira berço, colo, morada.
Vem encher de barcos iluminados
o mar negro da minha inquietação.
Lídia Borges
Venha
Vamos celebrar a estupidez humana
Mas venha! Vem chegando a primavera!
Nosso futuro recomeça...
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A vida é incrível. E depois é horrível. E depois é incrível de novo. E entre o incrível e o horrível, a vida é comum e rotineira. Ins...
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As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, n...