A Flor do Sonho alvíssima, divina
Miraculosamente abriu em mim,
Como se uma magnólia de cetim
Fosse florir num muro todo em ruína.
E não posso entender como é que,
enfim,
Essa tão rara flor abriu assim!...
Milagre... fantasia... ou talvez, sina...
Ó Flor, que em mim nasceste
sem abrolhos,
Que tem que sejam tristes os meus
olhos
Se eles são tristes pelo amor de ti?!...
Voou ao longe a asa da minh’alma
E nunca, nunca mais eu me entendi...