Um jornalista perguntou a Mario Quintana.
— Por que o senhor nunca se casou?
E Quintana respondeu:
— Sempre preferi deixar dezenas de mulheres esperançosas do que uma só desiludida.
Por que a beleza importa?
Em qualquer tempo, entre 1750
e 1930, se pedisse a qualquer
pessoa educada para descrever
o objetivo da poesia,
da arte e da música,
eles teriam respondido:
a beleza.
E se você perguntasse
o motivo disto, aprenderia
que a beleza é um valor
tão importante quanto
a verdade e a bondade.
Então, no século XX, a beleza
deixou de ser importante.
A arte, gradativamente, se focou
em perturbar e quebrar
tabus morais.
Não era beleza, mas originalidade, atingida por.
quaisquer meios e a qualquer
custo moral, que ganhava
os prêmios.
Não somente a arte fez um culto
à feiúra, como a arquitetura
se tornou desalmada e estéril.
E não foi somente o nosso entorno
físico que se tornou feio:
nossa linguagem, música e
maneiras, estão ficando
cada vez mais rudes,
auto centradas e ofensivas,
como se a beleza e o bom gosto
não tivessem lugar
em nossas vidas.
Uma palavra é escrita em letras
garrafais em todas
estas coisas feias,
e a palavra é: EGOÍSMO.
"Meus lucros", "meus desejos",
"meus prazeres".
E a arte não tem o que dizer
em resposta, apenas:
"sim, faça isso"!
"Recomeça… se puderes,
sem angústia e sem pressa
e os passos que deres,
nesse caminho duro do futuro,
dá-os em liberdade,
enquanto não alcances
não descanses,
de nenhum fruto
queiras só metade."
Se um homem marcha
com um passo diferente
dos seus companheiros,
é porque ouve outro tambor.
"Há dias de tanta angústia
Que não sei do que ela é.
Não sei se me sobra o sonho.
Não sei se me falta a Fé.
É uma angústia que nasce,
Como de um solo, de mim,
Que parece ser eu todo
Com razão de ser assim.
E esmaga-me toda a alma,
Confunde todo o meu ser
E tudo gira em meu torno
Sem eu o compreender.
Mágoa como um portão velho,
Ferrugem da quinta em fim,
É uma angústia que cai,
Como num solo, por mim…"